varanda de casa simples. como simples são as coisas postas felizes. de já quase idosos um fogo daqueles que não alardeia chamas em alta mas que queima lenta e aconchegantemente dos troncos os gravetos na lareira dos corpos que ainda lhe são ardentes.
mãos dadas, veias sobre veias, ela ainda mais carinhosa, faz-lhe pergunta que julga impossível resposta outra que não seja tamanha felicidade.
— diz-me meu amor, haveria alguma coisa que te pudesse fazer em mim, de tí o teu amor escravo mais livre e feliz ?
e ele, num sexo-sentido exposto em travo de mágoa — comer-te a bunda! todos os dias sem fazeres estes aís que me machucas, aís que assim mais não quero, como se uma vez na vida fossem todas as vidas numa vez.
toma-lhe a cara vermelha de um ardor nunca sentido antes. a bofetada fora tão inesperada quanto a resposta não aguardada.
e assim não sendo, continuaram a viver infelizes até que a morte os separasse.
No comments:
Post a Comment