Friday, December 01, 2006

welcome

finais de tarde costumam ser bucólicos. misturam-se climas de transição.
sóis de girassóis sobre as nossas cabeças fósforos. postes anseiam a pele da noite. plásticamente mar, reflete mistérios estelares. confundem-se os peixes e os homens. na parte lateral das nossas cabeças a lua se insinua. é um umbigo enfeitiçado de henna. mini-galaxia origem da vida dos nossos pensamentos às curvas da lua nos feitiça. o sol extenua-se. politicamente correto jã não acende o cigarro. mas arreia in sofa branco de praia. coisa masculina. precisa de tempo para recuperar energias. diz que vai tomar um duche. e dá um mergulho distraido no mar boiando até o amanhecer. quando acorda tem os olhos nipônicos. outras gueixas, outras queixas. da amante africana.

há quem veja o bico do seio da noite. mas tem gente que não vê. entalado no rush da epitácio pessoa. estico a mão. da ponta dos pés do seixas. em tal entardecer pleno as plantas respiram o ritual da transformação. o calor do dia deixou-lhes túmidas para receber o orvalho. o oxigênio já transpira gás carbônico. a fotosíntese excita os morcegos. meu olhar no horizonte vai sumindo atrás de mim mesmo. dezenas de anos atrás a hora do angelus madrasta que me impingia cicatrizes nos castigos do entra para tomar banho. deusas da noite tomam formas. já já, trombadinhas viram monstros. animais abandonados continuam abandonados. e aos sentimentos abandonado. que tipo animal me adotaria ?

saudades do meu ofício. pirilampos sobrevoam algumas imperfeições. juro que amanhã vou voltar a fazer ginástica. não. o dia não vai terminar ele mal começou. direi isto a noite pela manhã, que a noite não terminou. não a vida não terminou. direi isto a morte quando ela chegar ? disse isso a vida quanda ela chegou. a morte não terminou. e isto é só o começo.
welcome.

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