Friday, December 15, 2006

à francesa

cor de coisa madura cheira a podridão antes mesmo de chegar lá.
deve ser por isso que a esperança é eternamente verde. pra gente não apodrecer comendo mais passar o resto da vida pastando por causa dela.
verde que te quero verde. quem vive de esperança morre de fome. não é assim que se diz? mas aí vem os vegetarianos e estragam tudo. cheios de restos de esperança mastigados entre os dentes. e como se não bastassem, mostrando a língua, feito uns marcianos de verde, para nós eternos discrentes que vivemos a mastigar a nós mesmos, esperança perdida?
a cor da esperança esconde o bife que somos apesar de e por ela.
podiamos ao mesmo sermos servidos como hamburgueres acompanhados de batata frita e ketchup para não desperdiçar os dedos.
pronto, olha só aí a gente cheio de esperança de novo.
mas o que chateia mesmo é que a esperança nunca vem acompanhada de guardanapos.
mas à mesa continua cheia de palitos.
si vous plait, monsieur.

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